domingo, 1 de julho de 2012

CANDIDATO DIZ: “QUANDO EU VER QUE EU JÁ TÔ ROUBANDO, EU PEÇO PRA SAIR”



Por: Mr. Magú*     TEXTO RETIRADO DO BLOG DA TV DIFUSORA ARAIOSES.

A frase do título deste post  foi dita por um candidato a prefeito. Não, não se assustem, não foi nenhum candidato de Araioses, mesmo porque se fosse, fariam o mesmo que muitos já fizeram e ainda fazem, não fariam questão de ver que estão roubando.
Essa frase foi dita pelo professor Josemar, candidato à prefeitura de Paço do Lumiar durante a convenção do seu partido realizada no último dia 28 de junho. Junto de seus familiares ele foi um pouco além: “Estou apresentando minha família ao meu lado, pois eles me disseram que se eu roubar, eles serão os primeiros a me denunciar”.
Sem querer fazer juízo de valor, não se pode julgar o candidato de qualquer ato ilícito, só se pode acusá-lo de ser pouco cuidadoso com as palavras.
E em se tratando de pouco trato com as palavras, Araioses parece estar na dianteira. Aproveito a oportunidade para trazer algumas frases emblemáticas repetidas muitas vezes na Tv Difusora Araioses e proferidas na Câmara dos Vereadores da nossa cidade por alguns dos nossos edis. Para comprovar que tudo é verdade vou me basear no vídeo disponível no youtube, que traz as falas dos vereadores (veja aqui).
- “Eu fui covarde com o povo!!! Eu errei, peço desculpas mais uma vez”. Declarou o vereador e hoje candidato a vice-prefeito na chapa da Valéria Leal admitindo que ficou 20 anos “dormindo” como vereador e que a partir daquela data (2010) iria começar a trabalhar “daqui pra frente o vereador Mano vai cumprir o seu papel como vereador” vociferou Mano. Esse mesmo vereador foi cobrado em público recentemente por um partidário do Neto Carvalho, prefeito de Magalhães de Almeida, para devolver o dinheiro que ele recebeu para apoiar o candidato do prefeito em Araioses nas eleições municipais de 2012. O fato aconteceu porque o vereador mudou de lado e se tornou vice da Valéria Leal, filha de Manin, prefeito de Santa Quitéria. O vereador admitiu a culpa, dizendo que ia quitar a sua dívida, tanto ele como o vereador Dadá, admitindo que o colega edil também recebeu “recurso”.
E por falar no vereador Dadá, uma frase memorável, dentre tantas outras como quando assumiu que colocou o filho dele de menor para trabalhar, foi a seguinte “Eu posso até ter me omitido, mas me omiti para lhe defender”. Um exemplo clássico de que a emenda saiu pior do que o soneto. Dadá falava de um processo do vereador Zé Carlos que como funcionário público deveria se afastar do cargo para assumir o de vereador. Zé Carlos justificou que a própria legislação lhe dava o direito de assumir o cargo e que o ato não era ilegal. Mas no caso do vereador Dadá ele assumiu que por corporativismo ele é capaz de cometer atos de ilegalidade. Vai saber quantos casos não ficaram na obscuridade e não vieram a público? E não podemos esquecer que o mesmo vereador é ficha suja por conta da não apresentação da prestação de contas da época em que foi presidente da Câmara dos vereadores.
Há também o caso do vereador Wilson de Miranda, que falou várias pérolas, uma delas foi a seguinte: “Quem nunca se locupletou com dinheiro público? Isso está no sangue do brasileiro”. Desculpe, nobre vereador, por eu desmenti-lo, mas nas minhas veias, e da maioria dos meus conterrâneos araiosense e quiçá do Brasil não corre sangue corrupto. Nas nossas veias não corre sangue de saqueador dos cofres públicos. Esse sangue venal corre nas veias apenas de pessoas desonestas, que não tem compromisso com o povo e as políticas públicas. E não vou me dar ao trabalho de contextualizar em que momento ele soltou essa pérola, pois em nenhum deles teria uma explicação razoável. Mas não ficou só nisso, não. Em uma outra sessão o vereador chamou a atenção dos colegas “Eu gostaria de chamar a atenção que há acusações que as vezes não podem ser feitas nos microfones  porque compromete um ao outro e que determinados questionamentos sejam discutidos no gabinete da presidência ou na sala de qualquer um dos vereadores”. Que acusações são essas que o povo que outorgou-lhe poder para representá-los, não pode saber? Quais os atos que os nobres vereadores tomam e que nos é negado o direito de saber? O que é discutido nos corredores e gabinetes dos vereadores? Será assuntos tão graves que só eles devem saber? A pergunta fica no ar.
Não discorrerei sobre os outros vereadores por que eles não cometem erros em seus discursos, isso porque eles não se pronunciam ou pouco fazem uso da tribuna, o que reduz em muito a possibilidade deles saírem com pérolas iguais aos outros nobres edis. Falo tanto dos vereadores de oposição ao governo, Jorge Bitencourt e Júlio César, como os da base “aliada” ao governo, Jacira Pires, Assis e Paulo Cardoso. O único vereador da base a se pronunciar mais vezes era o vereador Zé Carlos, e quando ele falava era um Deus nos acuda, os outros vereadores ficavam de orelha em pé, porque, como ele diz “aqui tem café no bule”. Caía a máscara de quem posava de honesto.
Termino, dedicando a eles, uma frase dita pelo vereador Wilson de Miranda , “vocês vão ver que o povo de Araioses, nem todos são safados, são corrompidos, são cegos e não são mudos”, nós de fato, vereador, não somos cegos e durante esses quatro, oito, vinte anos estivemos avaliando as ações de cada um e saberemos dar o troco no próximo dia 7 de outubro.

* Comentarista político do Blog da Tv Difusora de Araioses.

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